Epicondilite

1. Epicondilite Lateral:
A lesão é comumente encontrada em atividades que demandam movimentos repetitivos de pronação-supinação com o cotovelo próximo da extensão total. Estudos mostram que a incidência anual de epicondilite lateral varia entre 1 a 3% na população mundial. Interessantemente, menos de 5% dos afetados são tenistas, e uma grande parcela (35 a 64%) não pratica esportes.

Embora raro em atletas profissionais, estima-se que cerca de 50% dos jogadores recreativos possam desenvolver esta condição. É mais comum em indivíduos não atletas, especialmente em torno da quinta década de vida, sem distinção de gênero. O diagnóstico geralmente é clínico, baseado em sinais como palpação dolorosa próxima ao epicôndilo lateral e desconforto ao pegar objetos.

2. Epicondilite Medial: A Lesão dos Golfistas e Atletas

A epicondilite medial, ou “golf’s elbow”, está frequentemente relacionada a atividades esportivas e movimentos repetitivos. No tênis, é menos comum do que sua contraparte lateral, mas é notável em tenistas e atletas que realizam arremessos. No golfe, a prevalência da epicondilite medial é significativamente alta, dando-lhe o apelido de “cotovelo do golfista”. Entretanto, vale ressaltar que tanto a epicondilite medial quanto a lateral ocorrem com igual frequência neste esporte.

A origem dessa lesão é frequentemente ligada ao uso excessivo dos músculos flexores e pronadores. Geralmente, a lesão acontece na interface entre o flexor radial do carpo e o pronador. Em contraste com o tênis, a prevalência de lesões no cotovelo entre atletas profissionais de golfe é alta, chegando a 88,5%. Desses, 54,5% são devido a movimentos repetitivos e 45,5% de traumas agudos. No entanto, em jogadores amadores, a incidência cai para 26%.

Médico Especialista

Dr. Douglas Moraes

CRM: 29.710 | RQE 19.213
Precisa de ajuda ?